A Origem lendária do VALE ENCANTADO… (a acção remonta aos finais do Sec. XIII pelos meses. sete, oito ou nove, não posso precisar (Calendário Juliano).
Consta que um certo monge, da Ordem de Cister, de seu nome: Lalim de Bigorne, frade residente em S. João, homem afável e palavroso, muito alto, largo de ventre, já entradote e muito dado aos prazeres mundanos. As liturgias monacais obrigatórias eram cada vez mais uma maçada e um suplício, nem mesmo “O alívio”, por ser pequeno e baixo lhe trazia conforto às pesadas cadeiras e aos jarretes cada vez mais incomodativos, no entanto o seu pensamento vagueava, constara -lhe que entrara uma nova noviça, Isabel de Britiande no Convento de Salzedas.
Pensado e feito, por todos os motivos e mais este, ali faria mais uma incursão, pela calada da noite, puro vício…
- Na madrugada seguinte ao escapulir-se, à saída de Salzedas encontra-se com a caravana de Josué Mezio “o Almocreve”a caminho de Lamego, como amigos que eram (favores mútuos, só ficava a perder na sua fazenda o pérfido Sr. De Cambres) … o bom frade debaixo das vestes, passava a portagem da Torre e Ponte Murada de Ucanha, ouro perfumes, especiarias e mesmo sedas.
Como contrapartida, garantia, os manjares e o bom vinho da Tasquinha do Matias do outro lado da ponte.
Após o suculento repasto de balusaque e de 12 canecas emborcadas, uma por cada um dos santos apóstolos, em amena cavaqueira com Josué e um dos guardas, do Sr. De Cambres, à Torre e ponte de Ucanha, sente-se mal, coração a palpitar, calores, frios e a desfalecer…
Transportado e deixado por Josué, no Hospício de Idosos de Tara Ouca (surda), ao cuidado das irmãs, foi-lhe ministrada uma infusão de licor à base baga de sabugueiro,
o que o reanimou o suficiente para começar a namoriscar com as irmãs, escusado será dizer que do pescoço para cima funcionava tudo muito bem, o problema era do pescoço para baixo…, posto isto e após ter emborcado uma caneca de um vinho com borbulhas e espuma, segredo das irmãs do Hospício, sente-se suficiente bem para retomar o caminho de regresso.
Caminho acima em direcção ao mosteiro, matutando no que lhe acontecera, levanta a vista em direcção aos montes na direcção de Santa a Helena,
e estes parecem-lhe os seios da bela Britiante deitada nas nuvens, baixa a vista, concluíra que só poderia ser obra do DEMO, ou ao algum mal entendido com nosso Sr. Jesus Cristo, lembrara-se que não emborcara a 13ª caneca em sua homenagem.
- Na passagem por Outeiro e com os jarretes em ferida resolve mergulhar os pés na Ola do Varosa, um verdadeiro alívio para os pés. Retomando o caminho lá chega e entra no mosteiro, prometendo a construção de uma ermida no alto do monte em homenagem à Santa e não esqueceu o Cristo Rei para manter o DEMO bem longe lá para as suas Terras (Terras do DEMO)
© Pacheco,09-Lendas e Narrativas do Portugal Profundo
Consta que um certo monge, da Ordem de Cister, de seu nome: Lalim de Bigorne, frade residente em S. João, homem afável e palavroso, muito alto, largo de ventre, já entradote e muito dado aos prazeres mundanos. As liturgias monacais obrigatórias eram cada vez mais uma maçada e um suplício, nem mesmo “O alívio”, por ser pequeno e baixo lhe trazia conforto às pesadas cadeiras e aos jarretes cada vez mais incomodativos, no entanto o seu pensamento vagueava, constara -lhe que entrara uma nova noviça, Isabel de Britiande no Convento de Salzedas.
Pensado e feito, por todos os motivos e mais este, ali faria mais uma incursão, pela calada da noite, puro vício…
- Na madrugada seguinte ao escapulir-se, à saída de Salzedas encontra-se com a caravana de Josué Mezio “o Almocreve”a caminho de Lamego, como amigos que eram (favores mútuos, só ficava a perder na sua fazenda o pérfido Sr. De Cambres) … o bom frade debaixo das vestes, passava a portagem da Torre e Ponte Murada de Ucanha, ouro perfumes, especiarias e mesmo sedas.
Como contrapartida, garantia, os manjares e o bom vinho da Tasquinha do Matias do outro lado da ponte.
Após o suculento repasto de balusaque e de 12 canecas emborcadas, uma por cada um dos santos apóstolos, em amena cavaqueira com Josué e um dos guardas, do Sr. De Cambres, à Torre e ponte de Ucanha, sente-se mal, coração a palpitar, calores, frios e a desfalecer…
Transportado e deixado por Josué, no Hospício de Idosos de Tara Ouca (surda), ao cuidado das irmãs, foi-lhe ministrada uma infusão de licor à base baga de sabugueiro,
o que o reanimou o suficiente para começar a namoriscar com as irmãs, escusado será dizer que do pescoço para cima funcionava tudo muito bem, o problema era do pescoço para baixo…, posto isto e após ter emborcado uma caneca de um vinho com borbulhas e espuma, segredo das irmãs do Hospício, sente-se suficiente bem para retomar o caminho de regresso.
Caminho acima em direcção ao mosteiro, matutando no que lhe acontecera, levanta a vista em direcção aos montes na direcção de Santa a Helena,
e estes parecem-lhe os seios da bela Britiante deitada nas nuvens, baixa a vista, concluíra que só poderia ser obra do DEMO, ou ao algum mal entendido com nosso Sr. Jesus Cristo, lembrara-se que não emborcara a 13ª caneca em sua homenagem.
- Na passagem por Outeiro e com os jarretes em ferida resolve mergulhar os pés na Ola do Varosa, um verdadeiro alívio para os pés. Retomando o caminho lá chega e entra no mosteiro, prometendo a construção de uma ermida no alto do monte em homenagem à Santa e não esqueceu o Cristo Rei para manter o DEMO bem longe lá para as suas Terras (Terras do DEMO)
© Pacheco,09-Lendas e Narrativas do Portugal Profundo
Comentários