Ao observar a imensa planície de água da Ria de Aveiro sobressai o caprichoso ladrilhado composto pelas marinhas de sal, assim como os seus albinos montes.
Mas esta paisagem deslumbrante resulta do esforço heróico do marnoto aveirense.
A região de Aveiro não tem as de condições climatéricas adequadas a uma fácil e regular evaporação. Por isso o marnoto tem de multiplicar os seus esforços para suprir as deficiências climáticas.
Se é certo que o Sol e o Vento são os grandes geradores do Sal, provocando a evaporação da água salgada enclausurada em recipientes expostos à sua acção no Salgado de Aveiro, também é certo que o sol de Aveiro não é tão forte como o das terras do sul e muitas vezes encontra-se coberto por um manto de nuvens, tendo por isso de ser o marnoto o sublime escultor dos finos cristais.
O factor humano é por isso um elemento primordial que actua na exploração salineira de Aveiro.
E as normais chuvas de verão e até o nosso rio Vouga, também não ajudam nada, antes pelo contrário, pois provocam a mistura de água doce nas águas vindas do Mar.
Este trabalho para além de árduo é sazonal, pelo que o marnoto terá de arrancar em quatro ou cinco meses de labuta quotidiana e permanente o pão que há-de comer durante um ano inteiro.
É o engenho e arte do marnoto, que se inicia a preparação da marinha para a gestação do sal, passando pela recolha da água nos canais vizinhos, sua engorda salineira, e toda aquela teia delicada, que nascem e crescem daquelas águas os delicados cristais.
O sal de Aveiro tem os seus pergaminhos, e ostenta uma linhagem que o distingue e o torna preferido devido à delicadeza dos seus cristais, que são mansamente rendidos na terna preocupação de os trazer para a luz do dia sãos e escorreitos. Este pormenor da natalidade e da vivência do sal de Aveiro, intercalado com os épicos contratempos de drama e de glória, põe em evidência toda a grandiosa epopeia do trabalho do marnoto de Aveiro e o singular merecimento do nosso sal.
A faina salineira de Aveiro corre o risco de se perder, se não for compreendida, nem amparada a sua índole muito característica e que outra não pode ser no caprichoso enquadramento climático desta região …a Cidade e a sua laguna seriam amputadas da nota característica de uma panorâmica encantadora.
Mas esta paisagem deslumbrante resulta do esforço heróico do marnoto aveirense.
A região de Aveiro não tem as de condições climatéricas adequadas a uma fácil e regular evaporação. Por isso o marnoto tem de multiplicar os seus esforços para suprir as deficiências climáticas.
Se é certo que o Sol e o Vento são os grandes geradores do Sal, provocando a evaporação da água salgada enclausurada em recipientes expostos à sua acção no Salgado de Aveiro, também é certo que o sol de Aveiro não é tão forte como o das terras do sul e muitas vezes encontra-se coberto por um manto de nuvens, tendo por isso de ser o marnoto o sublime escultor dos finos cristais.
O factor humano é por isso um elemento primordial que actua na exploração salineira de Aveiro.
E as normais chuvas de verão e até o nosso rio Vouga, também não ajudam nada, antes pelo contrário, pois provocam a mistura de água doce nas águas vindas do Mar.
Este trabalho para além de árduo é sazonal, pelo que o marnoto terá de arrancar em quatro ou cinco meses de labuta quotidiana e permanente o pão que há-de comer durante um ano inteiro.
É o engenho e arte do marnoto, que se inicia a preparação da marinha para a gestação do sal, passando pela recolha da água nos canais vizinhos, sua engorda salineira, e toda aquela teia delicada, que nascem e crescem daquelas águas os delicados cristais.
O sal de Aveiro tem os seus pergaminhos, e ostenta uma linhagem que o distingue e o torna preferido devido à delicadeza dos seus cristais, que são mansamente rendidos na terna preocupação de os trazer para a luz do dia sãos e escorreitos. Este pormenor da natalidade e da vivência do sal de Aveiro, intercalado com os épicos contratempos de drama e de glória, põe em evidência toda a grandiosa epopeia do trabalho do marnoto de Aveiro e o singular merecimento do nosso sal.
A faina salineira de Aveiro corre o risco de se perder, se não for compreendida, nem amparada a sua índole muito característica e que outra não pode ser no caprichoso enquadramento climático desta região …a Cidade e a sua laguna seriam amputadas da nota característica de uma panorâmica encantadora.
Comentários